quinta-feira, janeiro 31, 2008

Desativação de lombada gera protesto no Alto Aririú


Lombada eletrônica, desativada há mais de seis meses: insegurança no bairro

Foto: Baby Espíndola

Baby Espíndola

A desativação da lombada eletrônica, na rodovia BR-282, bairro Alto Aririú, divisa de Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz, está causando apreensão entre moradores. Temendo a repetição de fatos lamentáveis, acidentes, com morte, como já ocorreu, os munícipes se mobilizaram e realizaram um abaixo-assinado, com mais de cem assinaturas, para ser entregue ao Dnit, com cópia ao prefeito Ronério Heiderscheidt. No documento, os moradores pedem a imediata reativação da lombada eletrônica, na estrada, que registra a movimentação de mais de 30 mil veículos por dia.

Alegam que, sem o instrumento de controle do trânsito, os veículos, inclusive carretas e bi-trens, estão cruzando o bairro, em velocidade não compatível com as condições da estrada. A rodovia é resultado de um processo de improvisação, estreita e com acostamento também improvisado. É que o traçado original da 282, naquela região, foi abandonado e, no improviso, as autoridades federais aproveitaram um trecho, de alguns quilômetros, de uma antiga SC, a chamada “estrada geral de Santo Amaro”, ligação deste município com Palhoça.

Reclamam os moradores, porque a lombada eletrônica, que permitia velocidade máxima de 50 Km/hora, foi desativada há mais de seis meses. Sua instalação aconteceu justamente para evitar acidentes, após vários registros, inclusive com vítima fatal. A única informação circulante é de que venceu o contrato da empresa que explora o equipamento e o Governo Federal ainda não concluiu outra licitação.

Enquanto isso, os moradores de ambos os lados da estrada estão sujeitos ao risco de acidentes, além de terem de arcar com prejuízos materiais. O motorista Adilson da Silva, um vizinho que mora próximo à lombada apagada, reclama que sua moradia, recentemente construída, já está rachando. Da mesma reclamação participa o comerciante Marlon Antônio da Silva. Ambos explicam que, “quando passam caminhões e carretas, em alta velocidade, as casas sacodem, e por isso racham”. Além disso, conhecem vários relatos de acidentes no trecho, antes da instalação da lombada. “Agora, ficou perigoso novamente”, dizem.

O abaixo-assinado dos moradores está em poder de Giovani Vieira, gerente do Posto Radar, situado bem ao lado da lombada. Ele é o porta-voz dos vizinhos, junto às autoridades do Dnit e Prefeitura. Giovani afirma que “qualquer atividade fica prejudicada no local, com os veículos transitando em alta velocidade”, numa estrada estreita, entre as moradias e comércio.

Recentemente, a lombada voltou a piscar, contudo, sem controle de velocidade. Só pisca, bem sem-vergonha.