segunda-feira, abril 21, 2008

EXPO PALHOÇA, UM EVENTO MARCADO POR BONS SHOWS E IMPECÁVEL SEGURANÇA

Segunda-feira, 21 de abril, último dia para conferir o que Palhoça, cidade da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, produz e coloca à disposição do público, nos mercados interno e externo, produção que você encontra em 144 estandes, muito bem distribuídos, numa área estrutural de 28.000 metros quadrados, no Parque Residencial Pagani, a menos de 500 metros da BR-101. Na abertura, na noite de sexta-feira, Teodoro e Sampaio arrancaram os aplausos do público.

A Expo Palhoça, a primeira edição da feira de negócios, que abriu os portões aos visitantes, na sexta-feira, encerra suas atividades, com grandes atrações, com destaque para a dupla sertaneja Bruno e Marrone. Mas, antes, desfilam atrações folclóricas, como Boi-de-Mamão (Filhos da Terra), Maracatu, apresentações das bandas Dazaranha, Chão Batido, Edu Ribeiro, Marina Elali, Willian & Renan, e Gabriel Reis.

Durante quatro dias, a potencialidade econômica do município, no setor de comércio, indústria, turismo e serviços, foi apresentada para os catarinenses e visitantes de outros estados. A estimativa dos organizadores, segundo informou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, é de movimentar mais de R$ 500 mil em negócios na Expo Palhoça 2008 e atrair cerca de 120 mil pessoas.


A feira é uma atração inédita da programação relativa aos 114 anos de emancipação de Palhoça, data a ser comemorada em 24 de abril.

Prefeito Ronério com a placa conferida pelo jornal Gazeta Mercantil, em junho de 2007, a marca do empreendedorismo: "Palhoça 25a. cidade mais dinâmica do Brasil"



SEGURANÇA ACIMA DE TUDO

O quesito segurança tem sido fator preponderante para o sucesso da Expo Palhoça 2008. Até a noite de sábado, segundo dia do evento, nenhuma ocorrência tinha sido registrada, por conta, justamente, do estratégico sistema de segurança montado dentro e fora do palco da festa.

Na noite de sábado, cerca de 160 profissionais de segurança garantiram a tranqüilidade do evento. Das tropas da Polícia Militar, sob a coordenação do comando da Guarnição Especial de Palhoça, foram deslocados 90 policiais fardados. Além disso, um contingente não definido de agentes da P2, setor de inteligência da Polícia Militar, vasculhavam toda a área, em busca de qualquer foco de distúrbio. Ao primeiro sinal vermelho, as tropas eram alertadas.

Além desses expoentes da segurança, também se entrincheiraram no quarteirão da Expo Palhoça, socorristas do Corpo de Bombeiros, e agentes da Polícia Civil e da Polícia Federal.

Com esse aparato de segurança, qualquer observador poderia detectar, que as ações dos chamados “malas”, elementos que procuram ambientes públicos para praticar o crime, furtos, roubo e até atentados contra a vida, foram sufocadas na origem. A eles, não restou outra alternativa senão bater em retirada. Por isso, até agora, a festa foi tranqüila.

UMA TRAGÉDIA, EM 2005

O prefeito Ronério Heiderscheidt (PMDB), o Secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Josué da Silva Mattos, gestor geral do evento, e os demais organizadores e produtores, tinham motivação especial para adotar medidas preventivas, porque os palhocenses ainda estão traumatizados, com a tragédia ocorrida em 2005, durante a Festa do Divino.

Naquela ocasião, o pátio da Igreja Matriz, no centro histórico da cidade, foi palco de um tiroteio entre dezessete membros de gangues, que resultou na morte de duas pessoas, um bandido, menor de idade, e o motorista Noé Sebastião da Silva Santos, do grupo musical Garotos de Ouro, além de ferimentos em cinco vítimas. Foi um grande susto, num cenário de sangue e desespero. Pelo número de disparos feitos, foram poucas as vítimas, avaliaram, à época, as autoridades.

Três anos depois, o vereador Nirdo Artur Luz (Pitanta, DEM), ainda lembra da tragédia da Festa do Divino, que, segundo ele, “poderia ter sido bem pior”, devido aos mais de 30 tiros disparados pelos bandidos. Pitanta, que é presidente da Câmara, viu o motorista do grupo Garotos de Ouro, tombar com um tiro no peito. Ele se aproximara de um carrinho de cachorro-quente, quando começou o tiroteio. Acompanhado por duas filhas, o vereador ficou no meio do tiroteio entre gangues.


Vereador Pitanta ainda não esqueceu do Pânico, que o tiroteio provocou, na Festa do Divino


XÔ, PRAGA DO INFERNO!

Esse risco está completamente descartado na Expo Palhoça, assegura o Secretário Josué da Silva Mattos. Isso porque foi montado um eficiente esquema de segurança. O secretário detalha: “Temos a nossa segurança própria do evento, encarregada, entre outras atividades, da revista no portal de acesso. A entrada é gratuita, mas todos os visitantes são revistados, passando, inclusive, pelo detector de metal”.

Mas, a seleção, para separar o joio do trigo, começa muito antes do portão de acesso à Expo Palhoça. Várias viaturas, inclusive motocicletas, policiais a pé e montados a cavalo, formam uma trincheira, em frente ao portão principal e mesmo nas ruas de acesso ao Loteamento Pagani, justamente com o objetivo de afugentar os “malas”, traficantes, bêbados e delinqüentes em geral. “Xô, praga do inferno!”, desabafou um comerciante, que também assistiu ao tiroteio, em 2005.

UM SHOW DE SEGURANÇA

Josué reconhece que o esquema de segurança executado pela PM, PC PF e Corpo de Bombeiros surtiu o resultado esperado. “Os policiais deram um show de segurança”, afirmou o secretário. Além disso, “temos horário para começar e horário para encerrar. Todos os nossos eventos encerram exatamente à meia noite”, afirmou.

O fator segurança é ótimo para os visitantes da Expo Palhoça, evento programado para receber mais de 200 mil pessoas, segundo Josué Mattos. Se os portões fossem abertos, sem critério, sem revista, sem segurança, esse número poderia até ser multiplicado, devido à importância dos shows programados. Mas a organização fez a escolha certa: qualidade de público e não quantidade.

Esse critério, a priorização da qualidade do público, em detrimento da quantidade, foi adotado logo após a tragédia de 2005. Reuniões entre diversas autoridades foram realizadas, em Palhoça, para a definição de diretrizes para futuras festas e eventos. Depois do tiroteio da Festa do Divino, que abafou o som dos fogos de artifício, para obter alvará de funcionamento, dos organizadores e responsáveis por festas e eventos, passou a ser exigido “um plano de segurança”, com “critérios rigorosos”, uma exigência do próprio prefeito Ronério.



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TRIBUNAL DE JUSTIÇA MANTÉM CONDENAÇÃO PARA ASSASSINO, DA FESTA DO DIVINO, EM 2005


Informação do site do Tribunal de Justiça, que Baby Espíndola Repórter foi buscar, para não deixar nenhuma dúvida:

""“A 3ª Câmara Criminal do TJ, em matéria sob relatoria do desembargador Alexandre D’Ivanenko, manteve decisão do Tribunal do Júri da Comarca de Palhoça, que condenou Wilson José do Amaral, por conta de um homicídio praticado durante a Festa do Divino, naquele município, na noite de 23 de maio de 2005.

“Segundo os autos, o crime pelo qual Wilson foi condenado - pena de 10 anos e três meses de reclusão -, ocorreu após confronto entre gangues rivais, durante a festividade religiosa, defronte à Igreja Matriz de Palhoça, oportunidade em que se registrou intenso tiroteio.

“Wilson, que empunhava um revólver calibre 44 niquelado, desferiu um tiro que acertou, mortalmente, Noé Sebastião da Silva Santos, um simples participante do evento e sem qualquer ligação com as gangues em guerra.

“A defesa de Wilson recorreu da decisão por considerá-la contrária à prova dos autos. O relator, contudo, negou provimento ao recurso com base nas testemunhas ouvidas, que garantiram que a única arma niquelada, vista naquela noite, estava em poder do réu.

“A perícia, por sua vez, confirmou que foi daquele revólver, que se registrou o disparo mortal. A Festa do Divino de 2005, em Palhoça, foi marcada ainda pela morte de um adolescente, baleado durante este mesmo tiroteio, em crime que resultou na condenação de Jonas da Silva – desafeto de Wilson – à pena de sete anos e seis meses de reclusão em regime fechado. A decisão de negar provimento a apelação foi unânime, com votos dos desembargadores Moacyr de Moraes Lima Filho e Roberto Lucas Pacheco. (Apelação Criminal 2007032994-9).""”

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