sexta-feira, setembro 05, 2008

EDITORIAL - SÃO FRANCISCO, MAIS UMA VÍTIMA DO CAOS NACIONAL DA SAÚDE

O apagão da saúde ronda os brasileiros, para atacar com seus tentáculos tenebrosos, a qualquer momento. Faz seus ataques, na surdina, tanto em grandes, quanto em pequenas cidades. A mais recente aparição do fantasma branco do caos, ocorreu em Santo Amaro da Imperatriz, onde, 24 dos 47 funcionários do Hospital São Francisco cruzaram os braços por dois dias, a partir de segunda-feira, 25 de agosto.

Os funcionários da casa de saúde, o único de Santo Amaro, que atende pacientes de vários municípios da Região Metropolitana, voltaram ao trabalho, na manhã de quarta-feira, 27 de agosto. A principal reivindicação – o pagamento dos salários de junho e julho, duas folhas, cada uma no valor aproximado de 40 mil reais – foi resolvida, informou o diretor administrativo, Salésio José Voges.

O Hospital São Francisco não é uma exceção no cenário nacional. É conseqüência do descaso com que as autoridades, principalmente o Governo Federal, tratam a área da saúde. Lula da Silva festeja, a cada trimestre, recordes de arrecadação de impostos, mas faz vista grosa para os maiores problemas nacionais: justamente a saúde e a guerra ensandecida, sanguinária e não declarada, que é a violência urbana.

A Sociedade Hospitalar São Francisco de Assis é considerada de interesse comunitário e sobrevive graças à receita advinda da prestação de serviços, através do setor de emergência, além de pacotes de internações e atividades do centro cirúrgico. O problema é que o principal “cliente”, o SUS, paga “preços irrisórios, insuficientes para pagar os serviços”, reclama o diretor administrativo, Salésio José Voges. E com razão. Justa reclamação.

Como Santo Amaro é uma cidade considerada de pequeno porte, com uma grande maioria da população sobrevivendo da renda advinda da agricultura, um pequeno comércio e quase nada de atividade industrial, um insignificante número de pacientes exibe comprovantes de planos de saúde, no balcão de atendimento do São Francisco. Por dedução, pode-se, ainda, apostar que os detentores de bons planos de saúde, acabam, invariavelmente, recorrendo a hospitais de centro maiores, como São José e Florianópolis.

Na opinião do diretor administrativo, “a situação é calamitosa”, e está a exigir uma atenção especial do Governo do Estado, através das secretarias de Saúde e Regional da Grande Florianópolis. Desde que constatada a carência de leitos hospitalares na região, as autoridades estaduais deveriam investir no hospital de Santo Amaro, que tem muito a oferecer.

Os administradores precisam superar os obstáculos burocráticos, para destinar recursos ao São Francisco. Isso seria bom para o hospital, melhor ainda para os habitantes da região. Essa tática de socorrer, com migalhas, sempre que a crise se agrava, não está dando certo. Até porque a crise, que é maquiada temporariamente, sempre retorna, e cada vez mais resistente.

Em momentos delicados, como agora, o Hospital São Francisco recorre à boa vontade de doadores, para manter as portas abertas e um serviço de qualidade. Doadores voluntários, já acostumados a mexer nos cofres e carteiras, formem trincheira, pois, mais uma vez, o Hospital São Francisco, abandonado pelo poder público, precisa da ação voluntariosa de empresários e munícipes em geral. O telefone para contato é (48) 3245.1212.

Necessário que a Prefeitura de Palhoça, através da Secretaria Municipal de Saúde, também se mostre solidária com essa causa humanitária. Vale lembrar que dos mil pacientes mensais, atendidos pela emergência do Hospital São Francisco, vinte por cento são procedentes de Palhoça. Apesar desse serviço prestado ao município, financeiramente, um gigante, em relação a Santo Amaro, a administração pública de Palhoça não mantém nenhum convênio com o hospital, não repassa nem um único centavo. O que pode ser considerado um absurdo descaso.


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FESTA DO SIRI NO SÃO TOMÉ, EM PALHOÇA

São Tomé, na Barra do Aririú, em dia de festa: boa música e excelente comida típica. E o Morro Cambirela, que empresta o nome à Rádio Cambirela, via tudo, à distância.

Foto: Baby Espíndola

É ver para crer. Os organizadores da tradicional Festa do Siri, estão preparando a 17ª. edição, que deverá acontecer entre os dias 5 e 7 de setembro. O palco é o mesmo de sempre: a sede do Conselho Comunitário São Tomé, na Barra do Aririú, cidade de Palhoça, agora totalmente reformado e mais confortável. O presidente do Conselho, João Carlos da Silva, adianta que foram agendadas grandes atrações musicais e apresentações culturais. Com uma novidade: este ano, vai acontecer a escolha da Rainha da Festa do Siri. A gastronomia, à base de frutos do mar, é imperdível.

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PAVAN E RONÉRIO EM 2010

Uma fonte de informação, com trânsito no Centro Administrativo, onde o governador Luiz Henrique da Silveira despacha, confidenciou que o atualmente vice, Leonel Pavan, será o candidato da coligação, ao Governo do Estado, em 2010. E que o vice de Pavan será o prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt (PMDB). Nada mais justo. O município que mais cresce em Santa Catarina, merece fazer parte da dobradinha.

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LEI SECA PARA A CACHORRADA

Dados extra-oficiais estão a nos informar que, com a aplicação da Lei Seca, diminuíram, em todo o Estado de Santa Catarina, os danos causados por veículos contra postes. A lei seca deveria, também, atingir a cachorrada de rua, que continua usando os postes, para demarcar território.

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CALÇADA PADRÃO NO PAGANI

A Prefeitura de Palhoça vai exigir, dos proprietários de imóveis, no Loteamento Pagani, a construção de calçada padrão. Nada mais justo. Quem tem dinheiro para investir, altas somas, em terrenos destinados à especulação, deve zelar pela aparência do local. Pagam caro e deixam o terreno no mato, como em qualquer favela. A partir da próxima semana, a Prefeitura vai notificar os proprietários, através de correspondência. Todos terão prazo de 30 dias. Quem não se adequar à legislação, será executado e enquadrado como devedor de “contribuições e melhorias”. O Secretário de Obras, Aroldo Heiderscheidt informa que a mesma medida será aplicada em toda a região central de Palhoça.

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