sábado, julho 18, 2009

Editorial – PEDÁGIO EM PALHOÇA: COMEÇA A BUSCA À ARCA PERDIDA

A Prefeitura de Palhoça deu início ao cadastramento dos quase 14 mil veículos, dos munícipes que residem em 15 bairros, da Região Sul, a mais prejudicada pela cobrança de pedágio. Ao que parece, trata-se de uma atitude precipitada. Precipitada, porque nada está definido, em termos de garantias de isenção.

Na quinta-feira (16 de julho), por volta das 12 horas, conversei, demoradamente, com o vereador Nilson João Espíndola, que estava em Brasília, acompanhando o presidente e vice-presidente da Câmara, respectivamente, Nazareno Martins e Nirdo Artur Luz (Pitanta). Via MSN, Nilson, passou informações que, imediatamente, transmiti aos ouvintes da Rádio Cambirela. Os três vereadores participaram de uma reunião na ANTT, em Brasília – assunto que será detalhado, na sequência.

Em verdade, vos digo: Não existe uma garantia de isenção do pagamento de pedágio. O assunto somente será definido, numa reunião agendada para o próximo dia 5, em Brasília.

Mesmo assim, a isenção, se for autorizada, será temporária, até que obras complementares sejam realizadas, como uma ponte sobre o Rio Cubatão e uma estrada alternativa. Isso mesmo. Para que a cobrança de pedágio seja legal, as autoridades precisam construir estradas alternativas.

O cadastramento dos 13.963 veículos, de moradores do Sul de Palhoça, começou no dia 15 e se estenderá até 31dejulho. Informações não confirmadas oficialmente dão conta de que, no primeiro dia, houve tumulto nos balcões de cadastramento.

Os vereadores, que participaram da reunião na ANTT, defendem um plano de isenção para todos os veículos licenciados em Palhoça. Essa é a postura mais sensata.

Devemos lembrar que, no início do ano, o prefeito Ronério Heiderscheidt anunciou isenção, que ficou condicionada ao pagamento de IPTU. Foi uma correria, filas de munícipes interessados na prometida isenção da taxa de pedágio. Mas era só uma promessa, que não foi cumprida.

E, agora, sem ter a certeza de que a isenção será autorizada, o prefeito Ronério provoca outra romaria aos balcões da casa vermelha. Fico só imaginando o tamanho da confusão, a decepção, daqueles que enfrentaram filas, que se cadastraram, se não for confirmada a isenção.

A “nova” isenção, prometida pela administração da “nova Palhoça”, destina-se aos habitantes espalhados por toda a Região Sul, do Rio Cubatão até a divisa com Paulo Lopes.

A assessoria de comunicação da Prefeitura informa que “essa (a proposta de isenção) foi uma das definições da audiência, que aconteceu, na manhã de terça, dia 14, na sede da ANTT, em Brasília”. Debateram o assunto, em volta da mesma mesa, com o presidente da ANTT, Bernardo Figueiredo, o prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt, o presidente da Câmara, Nazareno Martins, os vereadores Nilson João Espíndola e Nirdo Artur Luz (Pitanta). Também estavam presentes o diretor superintendente da OHL em Santa Catarina, Márcio Protta, e representantes do Ministério Público Federal e do DNIT.

A senadora Ideli Salvatti que, num passado nem tão distante, organizava protestos na praça de pedágio da SC-401, em Florianópolis, onde chegava mesmo a se deitar sobre a pista, testemunhou o encontro.

Na tal reunião, informa o comunicado da Prefeitura, “ficou resolvido que a ANTT, OHL e o DNIT serão responsáveis pelo projeto do acesso alternativo (com ponte sobre o Rio Cubatão), que servirá de desvio, para a praça de pedágio, no Km 221 na BR 101, e pela execução das obras pendentes no bairro Aririú Formiga”.

Na agenda oficial, ficou anotado que, no dia 05 de agosto, em Brasília, na sede da ANTT, deverá acontecer uma nova negociação, “para ajustar detalhes”. Nessa data, descobriremos se essa nova etapa de cadastramento de veículos terá alguma validade. Se as autoridades de Brasília vão ou não isentar os veículos licenciados em Palhoça.

Eu recomendo ponderação. Nada de correria aos balcões da casa vermelha, em busca da isenção, como se fosse uma arca perdida. Cuidado, não há nenhuma garantia de que a arca perdida guarda um pergaminho de isenção. O melhor mesmo é aguardar o resultado da reunião, agendada para 5 de agosto.

(Editorial publicado na coluna Baby Espíndola – Jornal Primeira Folha).

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IPVA em dia: muito estranho

No ato do cadastramento, na sede da Prefeitura de Palhoça, no Loteamento Pagani, os interessados, na isenção do pagamento de pedágio, devem apresentar documentos, como escritura do terreno, contrato de locação, ou carnê do IPTU, talão de água, luz ou telefone.

Também estão exigindo o Certificado de Registro de Licenciamento de Veiculo ( CRLV), IPVA em dia, desde que licenciado em Palhoça. Outras informações, pelo telefone (48) 3279-1761.

Por que “IPVA em dia”? Estão cadastrando ou fiscalizando, e cobrando taxas? Muito estranho. Fizeram isso, no primeiro cadastramento, exigindo quitação de IPTU. E tudo não passou de promessas.

Cuidado, senhores, sou muito amigo do Zorro.



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Rádio Saudade, no Tinho’s Bar

Na noite de sexta-feira, 31 de Julho, às 20 horas, tem Rádio Saudade Especial, no Tinho’s Bar. Será uma segunda edição, pois, na noite de cinco de junho, aconteceu o primeiro evento no mesmo local. E foi um sucesso. Por isso, fomos convocados outra vez.

Rádio Saudade é um espetacular programa de rádio, que mistura a boa música, poesia e romantismo dentro da noite. Um excelente repertório, inclusive dos bons tempos da Jovem Guarda. Rádio Saudade é apresentado, diariamente, das 21 às 23 horas, com reapresentação a 01 da madrugada. É um dos programas de maior audiência da Rádio Cambirela (http://www.radiocambirela.com.br/).

É claro, no Tinho’s Bar tem a boa comida. Enquanto você relembra os grandes sucessos musicais do Brasil e do mundo, será servido um delicioso jantar: aipim com galinha. Uma especiaria!

Então, estão todos convidados: Rádio Saudade Especial, com Baby Espíndola, sexta-feira, 31 de julho, às oito da noite, no Tinho’s Bar. Local: Avenida Aniceto Zacchi, 582, em frente ao Supermercado Pierri, na Ponte do Imarui.




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A praia abandonada

Dia e noite, principalmente com as ressacas de inverno, a bucólica, simpática e aconchegante Praia do Tomé, na Barra do Aririú, em Palhoça, vai desaparecendo. Pouco resta da faixa de areia, outrora farta.

Enquanto isso, os projetos continuam engavetados nos órgãos (in)competentes do Governo do Estado. O prefeito Ronério Heiderscheidt e os vereadores precisam fazer algo, para restaurar a Praia do Tomé.


A foto mostra que, da faixa de areia, outrora farta, muito pouco restou
Foto: Baby Espíndola




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O bandido veloz

A Polícia Rodoviária Federal está muito interessada em descobrir, se todas as vítimas, do acidente da madrugada de segunda-feira, 13 de julho, na BR-282, em Palhoça, embarcaram no Golf, na área da New Time, ou se pegaram carona no caminho.

Não entendo a suposta importância desse detalhe. As autoridades devem se concentrar em fatores mais importantes: quanto o motorista e os ocupantes beberam, até a madrugada, se usaram drogas?


Por que a polícia não fiscaliza, nas saídas de casas noturnas? Não é novidade, para ninguém, que os freqüentadores de shows, baladas e tantos eventos, se embriagam ao extremo e usam drogas.

E, por que José Carlos Moretto, 28 anos, condenado pela justiça, por sequestro do filho de um ex-prefeito de Xavantina, em 2002 estava em liberdade.

A resposta, posso antecipar desde já: porque a justiça brasileira é uma vergonha. Além de cega e lenta – de tão lenta, perde corrida para tartaruga de três pernas –, é muito delicada com os bandidos. Vergonhosamente gentil e delicada.




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Gambá no Senado

Permitir que José Sarney investigue a patifaria, que envolve o Senado Federal – de onde escorre um suculento caldo de esgoto –, é como aceitar que um gambá cuide das galinhas. Vai comer todas. É capaz de estuprar algumas.

Independentemente da vontade do presidente Lula da Silva e da senadora Ideli Salvati, os grandes protetores de Sarney, ele deveria ser afastado da presidência do Senado e processado. Lula acha que Sarney não pode ser punido, porque não é um cidadão comum.

E a Constituição, senhor presidente? Vossa Excelência nunca leu o artigo 5º., que define direitos iguais para todos os brasileiros... Se nunca leu, peça para um puxa-saco do Planalto soletrar o texto para Vossa Excelência.

Um comentário:

Anônimo disse...

se ele foi culpado pelo sequestro ja pagou pelo seu crime...
nada tem haver com o acidente..
se eram todos amigos a questao de ter sido preso nao vem em questao