terça-feira, maio 25, 2010

Editorial – O PIOR TRÂNSITO DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS

O trânsito de Palhoça já é considerado um dos piores da Região Metropolitana, perdendo, em qualidade, para Florianópolis e São José. A cidade do Santo tem um gargalo a ser observado, na Avenida Beira Mar, o que provoca a fuga dos veículos para a Avenida Presidente Kennedy. A extensão da Beira Mar, criando uma ligação prática com Florianópolis, vai tornar o trânsito menos caótico, em São José.

Na Capital, onde boa parte da malha viária foi herdada da cultura açoriana, com suas ruas e vielas tortuosas e estreitas, os problemas são bem conhecidos. Devemos admitir, no entanto, que obras realizadas a partir dos anos 70, amenizaram o drama do trânsito.

Claro que a atração natural de Florianópolis para o turismo, é um complicativo, agravado pela falta de um sistema de transporte coletivo realmente eficiente. Sem transporte marítimo, e carente de trilhos para metrô, a cidade insiste em viajar sobre rodas, principalmente por meio do individualismo proporcionado pelos automóveis. Assim, Florianópolis é uma ratoeira para os turistas, um pesadelo para os nativos.

Mas, chega-se à detestável constatação que Palhoça já detém o título de pior trânsito da Região Metropolitana, por razões conhecidas de todos. Tal afirmativa está enraizada em observações prolongadas, pela vivência nas ruas da cidade, no dia a dia, depoimentos, conversas com taxistas, motoristas profissionais de caminhões e ônibus, além das respeitáveis opiniões de policiais da área de trânsito.

A falta de planejamento de uma cidade, que foi se esticando de acordo com a necessidade do inchamento, fica cada vez mais evidente. O agravante, é que o processo de inchaço prossegue, sem que as autoridades adotem as medidas capazes de reverter esse processo, que, certamente, conduzirá Palhoça para uma situação irreversível.

Urgentemente, as autoridades municipais e estaduais precisam planejar, para hoje e para o futuro. Ações conjuntas, envolvendo técnicos, planejadores da Prefeitura, do Governo do Estado, através de pastas específicas, principalmente a Secretaria Regional, devem ser adotadas, e já. O problema exige pressa.

Alçada à condição de cidade atraente para investimentos, Palhoça convive com uma explosão de loteamentos, condomínios, num parcelamento do solo jamais visto. Pelo privilégio da localização (perto da Capital, onde está pousado o Aeroporto Hercílio Luz; cortada por duas rodovias federais: BR-101 e BR-282; e postada próxima a três portos: Itajaí, Navegantes e Imbituba), Palhoça é mel para um abelheiro de investidores.

Que ótimo! Mas, a falta de infra-estrutura é um complicador. No quesito saneamento básico, Palhoça é uma tragédia. Com cerca de um por cento do esgoto tratado, a cidade é uma considerável poluidora da Baía Sul.

Na área do trânsito, que motivou essa superficial análise, a cidade não investe na mesma proporção da demanda.

Como atenuantes, vale citar as medidas adotadas nos viadutos do Passa Vinte e do bairro Caminho Novo. A implantação do sistema mão-inglesa nesses pontos polêmicos, amenizou, consideravelmente, o problema, que é grave. Mas, não ofereceu uma situação definitiva. A operacionalidade em mão-inglesa é um paliativo, com a transferência do caos definitivo para logo mais, um futuro próximo. Até porque, se desafogou num ponto, complicou em outro.

O mais grave, é que a confusão no trânsito não é mais um “privilégio” do centro histórico. Na verdade, também já contaminou os bairros. Nos horários de “pico”, a lentidão, tipo cobra sonolenta, se estende em todas as direções do município.

Assim, em Palhoça, a data agendada para investimentos no setor viário é ontem. Amanhã poderá ser tarde demais.
(Baby Espíndola)

Um comentário:

martinha disse...

adorei esta radio, não comhecia, até então o meu amigo amiltom foi quem me deu este site..estou feliz.. desejo muito sucesso a vcs ai da rádio.. ador musicas romanticas.. vou tentar pegar no radio.....beijos a vcs todos e bom domingo