terça-feira, julho 26, 2011

Editorial – LULA DA SILVA, O PADRINHO DA CORRUPÇÃO

Lula da Silva vem sendo extremamente deselegante, antiético e nada diplomático com a “cumpanheira” Dilma Rousseff. Devidamente instalado nos esgotos da baixa política, ele esboça uma deplorável reação contra a presidente Dilma, que tenta desarticular uma quadrilha, que vinha agindo no Ministério dos Transportes. Não podemos esquecer, que quase todos os ladrões de dinheiro público do MT, foram nomeados por Lula da Silva, nos dois mandatos.

O ex, que não respeita nenhum princípio ético, deu início a uma escandalosa campanha eleitoral – escandalosa, imoral e informal –, pelos quatro cantos da Bahia. Ciceroneado pelo governador Jacques Wagner (PT), Lula da Silva visitou algumas cidades, discursou espalhafatosamente e até ensaiou um ato de inauguração.

Em Feira de Santana, Lula visitou as instalações do Hospital Estadual da Criança, que não pôde inaugurar, no ano passado, porque um temporal, tão grande quanto os escândalos de seu governo, impediu o pouso do helicóptero. Agiu como presidente, inaugurando a obra.

Na recente aparição na cidade, o ex-presidente deixou os baianos mais confusos que corda de berimbau, depois de vibrar uma noite inteira numa roda de samba. Ninguém entendeu nada. Afinal, Lula foi vítima de um ataque de saudosismo, ou incorporou um “spritu” presidencial? No discurso, ele jurou de pés juntos que, finalmente, conseguira “desencarnar” do cargo de presidente. Assim, vai acabar despachando numa encruzilhada, com vela e galinha preta.

Na verdade, o espertalhão, que se posiciona acima das leis e das regras gerais, deu início a uma campanha prematura. Fora de época, mais uma vez. O falastrão irresponsável agiu como alguém encravado no poder. E está disputando espaço com a presidente, sua criatura.

Em resumo... As aparições públicas de Lula têm sido ridículas. E imorais, como sempre. Por exemplo, quando Antônio Palocci, o multiplicador de dinheiro, estava para despencar do poleiro do poder central, a Casa Civil, Lula, que teve os dois mandatos manchados pela podridão da corrupção, saiu do “armário”, para defender, publicamente, o aliado. O mesmo Palocci, que, no primeiro governo de Lula, foi demitido do Ministério da Fazenda, depois de uma queda de braço com um caseiro.

Recentemente, quando, novamente, Palocci era alvo de graves denúncias de corrupção e enriquecimento ilícito, Lula da Silva não só defendeu o velho “cumpanheiro”, como também arrastou Dilma para o balaio de caranguejos. Nos bastidores, Lula agiu sorrateiramente, até forçar a presidente a apoiar, publicamente, o ex-ministro. Observadores afirmam que Dilma fez isso de má vontade.

Agora, Lula da Silva, que sempre quer voltar, está, nos bastidores do submundo da política, entrincheirado ao lado de quadrilhas que roubam dinheiro público, articulando para desestabilizar o poder de Dilma Rousseff. Ardiloso como é, ele sabe que, se conseguir enfraquecer a “cumpanheira”, vai reduzir o ritmo das demissões. Lula está agindo ao lado das forças ocultas, que desejam a permanência dos ladrões de verbas públicas no poder. Ladrões, dentre os quais, alguns ele nomeou, quando presidente.

Porém, a atitude de Lula, que pode ser comparada a um tanque de espuma de esgoto, provocou uma reação de outros políticos, no Congresso Nacional, que decidiram formar uma plataforma de apoio à intenção da presidente, de continuar demitindo corruptos, tanto no Ministério dos Transportes, quanto em outros rincões do Governo Federal. É um grupo suprapartidário, não muito numeroso, mas expressivo, que até poderá irritar a couraça do monstro da corrupção.

Como Dilma Rousseff já demitiu o ex-ministro Alfredo Nascimento, um recordista em contratos superfaturados, e quase duas dezenas de quadrilheiros, Lula demonstra, agora, uma suspeita “preocupação com o enfraquecimento das bases aliadas”.

Em resumo, Dilma luta – pelo menos, aparentemente –, para extirpar a quadrilha do Ministério dos Transportes. E até ensaia umas pedradas, em outros setores, infestados de parasitas. Se a presidente insistir, com a faxina, que é mais uma iniciativa da imprensa, com certeza, vai localizar outras quadrilhas, em outros ministérios.

Já Lula da Silva, do bando Lula-lá e seus 40 ladrões (a turma do mensalão), está preocupado, somente, em manter “a base política de sustentação do governo”. Mesmo que os pilares dessa base sejam podres. Podres de corrupção. Lula não tem pedigree. É o padrinho da corrupção.

Mas, devemos analisar os fatos com muita cautela. Não podemos, ainda, botar a mão no fogo por ninguém. Afinal, não partiu, da presidente Dilma Rousseff, a iniciativa de investigar e destruir a quadrilha do Ministério dos Transportes. Ela foi forçada a tomar essa atitude, pela imprensa.

Até porque, pelo fato de ser conhecida como “mãe do PAC”, título que lhe foi outorgado pelo próprio Lula, seu criador, Dilma, então chefe da Casa Civil, deveria conhecer muito bem as atividades do Ministério dos Transportes, a locomotiva do tal Programa de Aceleração do Crescimento. Não faz sentido, a versão de que a “dama de ferro” do Governo Lula não soubesse das falcatruas, praticadas em um ministério tão importante.

Vale ressaltar que o PAC, outra invenção midiática de Lula da Silva, foi um dos principais palanques da presidenciável Dilma. Mas, agora, quase nada se ouve falar desse programa. Parece, temos mais escândalos em obras paralisadas do que realizações.

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