quinta-feira, fevereiro 19, 2015

O SANGUE DA DITADURA DITA O RITMO DO SAMBA

No Rio, venceu a escola que homenageou uma ditadura sanguinária. Em 2013, Dilma Rousseff perdoou a dívida da Guiné Equatorial, onde o ditador e seu bando são ricos e o povo come ratos e morcegos para não morrer de fome.



Dilma, com o ditador da Guiné Equatorial. No centro, o bobinho Guido Mantega


Desde a noite do desfile, quando vazou a informação de que a Beija-Flor de Nilópolis recebeu dez milhões de reais, para exaltar a Guiné Equatorial – com seu império sanguinário e um povo faminto –, já era possível prever o resultado oficial do Carnaval, no Rio. A escola, que representava a aproximação entre o Brasil, o país da corrupção, e uma ditadura sanguinária não poderia perder na passarela.

Esse fato,visto do ponto de vista político, dá a dimensão da influência que a corrupção brasileira exerce dentro e fora do Brasil.

Claro que a Beija-Flor tem méritos para vencer. Tanto que essa é a 13a. conquista da escola da Baixada Fluminense. Vamos entender. A questão é bem complexa. Mas, fica mais fácil de entender se levarmos em consideração a declaração do intérprete do samba-enredo. Neguinho da Beija-Flor teve a coragem de dizer aquilo que todos tentam enfiar debaixo do tapete do samba. Carnaval e corrupção andam juntos.

Não é possível fazer Carnaval no Rio, sem o dinheiro da contravenção, foi o que o sambista deixou bem claro. “Se não fosse dinheiro da contravenção, hoje não teríamos o maior espetáculo audiovisual do planeta. Agradeça à contravenção”, afirmou o sambista, ao reforçar que todas as escolas recebem o dinheiro sujo.

Vamos esclarecer. Dinheiro da contravenção pode envolver recursos do jogo do bicho, bingo, prostituição, tráfico de drogas, contrabando de armas, corrupção. Recursos de todas essas fontes podem parar num mesmo cofre. Para financiar o Carnaval, como afirmou Neguinho da Beija-Flor. Inclusive, o dinheiro de uma ditadura africana.

A Guiné Equatorial, a grande homenageada na Sapucaí, é governada por um ditador sanguinário, há quase 35 anos. Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, 71 anos, é o mais antigo ditador africano em atividade. Diz a imprensa internacional, que ele comanda um país, cuja riqueza subterrânea, em petróleo, contrasta com a plena miséria da superfície: sete de cada dez habitantes (que são 600 mil) sobrevivem com renda inferior a dois dólares por dia, segundo o Banco Mundial.

Feliz é quem consegue algum recurso. Relatos indicam que grande número de pessoas recorrem a outras variedades de proteínas, para não morrer de fome. Inclusive ratos e morcegos.

O presidente, no entanto, se destaca entre os oito governantes mais ricos do planeta, segundo a revista “Forbes”. Nada disso foi mostrado na passarela do samba.

O namoro Brasil / Guiné Equatorial começou com Lula da Silva e teve um final feliz no Governo Dilma. E virou samba.

A Guiné Equatorial tinha uma dívida de US$ 12 milhões, pendente há duas décadas, com o Brasil. Lula da Silva chegou a anunciar sua liquidação, com anistia, mas não concretizou o plano.

Porém, a guerrilheira Estela-Dilma Rousseff, que adora uma ditadura, tomou a decisão de anistiar a dívida da Guiné Equatorial. E de outros países do Continente Africano.

Um erro gravíssimo. Porque os brasileiros também sofrem de pobreza e pela falta de serviços públicos. Se não tem dinheiro para resolver os problemas internos, não se pode fazer caridade lá fora.

Estamos sofrendo com aumentos dos preços dos combustíveis, energia elétrica, impostos, entre outros. Somos forçados a pagar a conta do desperdício mais uma vez. A guerrilheira resolveu brincar de mamãe-noel com ditaduras, e nós, os brasileiros, somos penalizados. O Brasil não tem dinheiro em caixa. E os serviços públicos, como saúde, segurança, educação, mobilidade urbana, entre outros, estão falidos.

>>> Essa não é a primeira vez que uma escola de samba faz homenagem a uma ditadura e levanta o troféu. Já aconteceu em Florianópolis. Em 2011, a novata União da Ilha da Magia, com apenas três anos de passarela, fez uma rumorosa homenagem à Cuba e ao guerrilheiro-mercenário Che Guevara, e também sagrou-se campeã. Sobre esse assunto, trataremos em outra oportunidade, mais detalhadamente.
[19 02 15]



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